A crise penitenciária volta assolar o País. Foi identificado que detentos de 34 presídios estaduais e federais estão promovendo rebeliões e protestos. As ações atingem sete estados brasileiros, sendo que os casos mais sérios foram identificados pelos governos de Mato Grosso, Acre e no Pará.
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As autoridades locais estão associando os atos a ordens vinda de facções criminosas, como o Comando da Capital ( PCC ). Nesta segunda crise penitenciária os detentos reivindicam melhores condições nas instalações dos presídios, sendo que até greve de fome foi registrados pelas equipes de segurança dos estados afetados. Casos mais graves envolvendo a morte de detentos foi em Cascavel, no estado do Paraná, local em que dois detentos foram assassinados.
No caso dos assassinatos em Cascavel, foi informado que a rebelião foi motivada por uma briga entre duas facções rivais com detentos dentro da Penitenciária Estadual de Cascavel. A rebelião foi controlada neste sábado (11), conforme afirmação da Secretária de Segurança Pública do Paraná, sendo que a confusão durou por dois dias.
Reivindicações
Dados das autoridades locais apontam que os detentos de penitenciárias localizadas no Pará, no Acre, no Mato Grosso, no Mato Grosso do Sul e do Rio Grande do Norte estão em greve de fome. Foi informado que independentemente das manifestações, as refeições continuam sendo fornecidas à população carcerária que registram motins.
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O Ministério da Justiça informou na manhã deste sábado (11) que quatro presídios federais continuam com segurança reforçada e registram manifestações, sendo eles: Catanduvas, no Paraná, Campo Grande, no Mato Grosso do Sul e de Mossoró, no Rio Grande do Norte. O Ministério afirmou que os detentos "procedem deste modo por serem contra a 'opressão do sistema penitenciário federal'. Cabe ressaltar que os presos que estão no sistema penitenciário federal não sofrem nenhum tipo de opressão", enfatizou o Ministério da Justiça.
Ao todo, 112 detentos se recusam a receber alimentação fornecida pelas penitenciárias . Esses locais mencionados somam 379 detentos. Uma fuga foi registrada em Mato Grosso, sendo que 26 detentos explodiram o muro e conseguiram fugir da penitenciária Major Eldo Sá Corrêa, que fica a 218 quilômetro de Cuiabá.
Já no Rio de Janeiro, 12 presídios do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, estão com detentos em greve de fome. A manifestação começou na quarta-feira (8), sendo que os presos que fazem essa manifestação estão em uma ala específica e destinada a criminosos pertencentes à facção denominada de Comando Vermelho ( CV ). Essa é a segundo maior crise penitenciária vivida no País este ano.
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