Polícia Federal atuou nas investigações contra tráfico internacional de drogas com apoio da Receita Federal
Divulgação/Polícia Federal
Polícia Federal atuou nas investigações contra tráfico internacional de drogas com apoio da Receita Federal

A Polícia Federal realiza nesta terça-feira (10) duas operações paralelas, batizadas de Oceano Branco e Contentor, contra  quadrilhas especializadas no tráfico internacional de cocaína por meio dos portos de Santa Catarina.

Cerca de 450 agentes da Polícia Federal e outros 25 servidores da Receita Federal –que atuou em conjunto com a PF nas investigações– cumprem simultaneamente 45 mandados de prisão preventiva e 15 de prisão temporária nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Pernambuco, Paraíba e Rio de Janeiro.

Também são cumpridos desde o início desta manhã 104 mandados de busca e apreensão e 12 ordens de condução coercitiva, além de diversos sequestros de bens e imóveis, e bloqueio de contas bancárias.

Segundo as investigações, as quadrilhas que são alvo das operações desta terça-feira atuavam de forma similar, inserindo clandestinamente cargas de cocaínas em contêineres com mercadorias lícitas a serem exportadas para países europeus. Nas duas operações houve apreensões de droga no País e no exterior, em procedimentos de cooperação policial internacional.

De acordo com a PF, a Operação Contentor, iniciada no final de 2016 em Joinville (SC), levou a cinco grandes apreensões de drogas, inclusive no exterior (Bélgica), totalizando cerca de duas toneladas de cocaína. A partir daí, foi apurado que o narcótico era adquirido em região de fronteira, possivelmente com a Bolívia, e entrava no Brasil em pequenos aviões que pousavam no aeroclube de São Francisco do Sul (SC). A droga então era levada para chácaras e ali era acondicionada em grandes bolsas para serem inseridas em contêineres que sairiam pelo Porto de Itapoá. 

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Oceano Branco

Já a Operação Oceano Branco, iniciada em março de 2016 pela PF em Itajaí (SC), apreendeu seis toneladas de cocaína em 12 diferentes ações, sendo seis no Brasil e seis no exterior (Bélgica, França e Espanha).

Em nota, a Polícia Federal informou que a investigação apurou que três grupos criminosos vinham embarcando "volumosas quantidades da droga" por meio de contêineres que partiam do Complexo Portuário Itajaí-Navegantes, escondida em cargas de mercadorias como bobinas de aço, abacaxi em latas e blocos de granito.

"Além das apreensões referidas, foi possível vincular a atuação dos investigados a outros carregamentos interceptados por autoridades policiais na Itália, Dinamarca, Espanha, Arábia Saudita e Turquia, totalizando outras 2,5 toneladas da droga", informou o texto.

Os alvos das operações responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de tráfico e associação ao tráfico internacional de entorpecentes, bem como falsificação de documentos e uso de documentos falsos. Segundo a Polícia Federal, as penas para cada evento de tráfico internacional podem chegar a 25 anos de prisão, além de 10 anos de reclusão por associação.

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