Ataque no metrô: Karoline explicou que começou a sentir um calor muito forte e achou que vestido estava pegando fogo
Arquivo pessoal
Ataque no metrô: Karoline explicou que começou a sentir um calor muito forte e achou que vestido estava pegando fogo

Uma mulher foi atacada por uma substância química inflamável no metrô Corinthians - Itaquera, em São Paulo. A analista de operação Karoline Leite Ramos Pereira, de 32 anos, conta que estava na escada rolante indo para o trabalho na manhã de segunda-feira (18), quando sentiu algo queimando na região das coxas e das nádegas do lado direito.

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Karoline explicou que começou a sentir um calor muito forte e achou que o vestido estava pegando fogo ou que alguém no metrô havia jogado uma bituca de cigarro nela. “Quando eu levei a mão para a parte de trás, senti algo molhado. Comecei a esfregar e foi ficando cada vez mais quente, quando vi meus dedos já estavam grossos e craquelados, também havia um cheiro forte de Super Bonder. Fiquei desesperada”, relata.

Segundo a analista, ao sair da escada rolante, ela pediu ajuda para uma mulher, que a alertou que estava saindo fumaça e faíscas da roupa. Karoline afirma que não viu quem possa ter jogado a substância nela. “A mulher que me ajudou disse que havia dois homens bem perto de mim, mas não dava para ver o que eles estavam fazendo”.

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Quando a situação da roupa parecia controlada, a vítima decidiu voltar para casar e trocar de roupa. No entanto, a analista conta que no trajeto para a sua residência o vestido começou a queimar novamente e teve de pedir ajuda outra vez. “Três mulheres me ajudaram, ficaram abanando meu vestido, que já estava todo rasgado. Depois, liguei para meu marido para ele me buscar”, relata. O marido de Karoline a levou para o hospital, onde ela passou a tarde.

Sem imagens

Karoline disse que, ao sair do hospital, tentou fazer o boletim de ocorrência, porém, após passar por três delegacias , acabou deixando para o dia seguinte. Nesta terça-feira (19), a vítima registrou o caso, que foi encaminhado para a 65ª Delegacia de Polícia de São Paulo. A analista de operação também fez exame de corpo de delito.

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De acordo com a vítima, o Metrô não possui imagens do local do ataque, pois não há nenhuma câmera virada para aquela região da escada. “O delegado cogitou a possibilidade de ter ocorrido algum acidente de trabalho, impossível! Não caiu de cima para baixo, foi jogado na minha bunda” disse Karoline que espera que o caso não seja arquivado. “Se vai acontecer mais vezes, eu não sei, poderia ter me prejudicado, graças a Deus, não fiquei com nenhuma escoriação na pele, mas fiquei traumatizada psicologicamente”, concluiu. 

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