Segundo a Secretaria Estadual de Segurança, os bombeiros alvos da investigação recebiam propina para liberar alvarás
Divulgação/Bombeiros do Rio de Janeiro
Segundo a Secretaria Estadual de Segurança, os bombeiros alvos da investigação recebiam propina para liberar alvarás


Agentes da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro estão nas ruas, desde as primeiras horas desta terça-feira (12), para cumprir 38 mandados de prisão preventiva contra bombeiros acusados de fazer parte de um esquema de fraudes na inspeção de estabelecimentos comerciais.

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De acordo com as investigações da Secretaria Estadual de Segurança, esses acusados recebiam propina para liberar alvarás e permitir o funcionamento desses locais. Afinal, o Corpo de Bombeiros  precisa inspecionar e liberar o funcionamento dos estabelecimentos, depois de avaliar os riscos de incêndio e acidentes.

Segundo a secretaria, os acusados usavam seus cargos dentro da corporação para negociar propina com os empresários e liberar o funcionamento, mesmo que o local não cumprisse os requisitos de segurança.

Entre os empreendimentos liberados para funcionar mesmo sem o cumprimento dos requisitos estão locais de diversões que reúnem grande público, inclusive um estádio de futebol, que não tiveram os nomes revelados.

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Além dos mandados de prisão, estão sendo cumpridos outros 67 mandados de busca e apreensão nas residências dos suspeitos, nos quarteis e nas sedes das empresas que estariam envolvidas no pagamento da  propina .

Envolvidos e suspeitos

O esquema de corrupção investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro funcionava no setor de engenharia de diversos grupamentos militares, principalmente nos quartéis de Nova Iguaçu (4º GBM) e de Duque de Caxias (14º GBM) e no Grupamento de Operações com Produtos Perigosos (GOPP).

De acordo com as primeiras informações ceiddas pela polícia , entre os mandados de prisão, expedidos pela 1ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, estão os de dois assessores especiais do comandante-geral do CBMERJ, dos comandantes da Baixada Fluminense, de Nova Iguaçu, do Irajá, (ex-comandante de Duque de Caxias), GOPP, de Copacabana, Campinho, Jacarepaguá, do Destacamento de Paracambi e de sete coronéis da reserva.

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O Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro ainda não se pronunciou oficialmente a respeito da operação.

* Com informações da Agência Brasil.

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