Macha pela vida dos PMs aconteceu na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro
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Macha pela vida dos PMs aconteceu na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro

Policiais militares e parentes de integrantes da corporação fizeram, neste domingo (23), uma manifestação contra a morte de agentes de segurança no Rio de Janeiro. Segundo informações da polícia militar, 91 PMs morreram no Estado neste ano. A vítima mais recente foi o sargento Hudson Silva de Araujo, de 46 anos, morto nesta madrugada, durante confronto no morro do Vidigal, na zona sul da cidade.

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De acordo com o comando da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Vidigal, PMs realizavam patrulhamento pela Rua Presidente João Goulart, uma das principais vias da comunidade, quando criminosos armados atacaram os agentes, por volta das 4h30 de hoje.

Hudson foi baleado durante a troca de tiros e levado para o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, mas não resistiu aos ferimentos. Ele tinha 46 anos e era supervisor de equipes na UPP Vidigal. Ele era casado e tinha duas filhas.

Segundo a UPP, três suspeitos de envolvimento no ataque já foram identificados pelo Setor de Inteligência da unidade. O Comando de Operações Especiais e policiais do Vidigal realizam uma operação desde a madrugada na comunidade. A Divisão de Homicídios investiga o caso.

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Na chamada Marcha Nacional pela Vida dos Policiais Militares, em Copacabana, manifestantes exibiram faixas pedindo providências para acabar com as mortes de policiais e carregaram cruzes pretas, com os nomes dos policiais mortos.

Claudia dos Santos Nascimento perdeu seu marido, um policial militar, há 14 anos. “Sou viúva de um policial morto em combate. Meu marido saiu numa sexta-feira, com planos de passar o fim de semana com a família, e não voltou mais. Vocês não sabem a dor que meus filhos ainda sentem. Eu vejo a dor nos olhos deles”, disse.

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O marido de Bianca Barros, outro policial militar, ficou gravemente ferido durante um tiroteio no Morro do Salgueiro, em São Gonçalo, no final de 2014. Depois de ser baleado na cabeça, ele teve graves sequelas e teve todo o lado direito de seu corpo paralisado. “Estamos falando muito de mortes, mas não podemos nos esquecer dos feridos. Os policiais e suas famílias sofrem muito com isso”, disse. Dos 91 PMs mortos, 20 estavam de serviço quando foram vitimados, 54 estavam de folga e 17 já eram aposentados.

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