Centrais sindicais convocaram para esta sexta-feira (28) uma greve geral no País, que deve mobilizar diversas categorias
Reprodução/Seeb-SP
Centrais sindicais convocaram para esta sexta-feira (28) uma greve geral no País, que deve mobilizar diversas categorias

As centrais sindicais convocaram para esta sexta-feira (28) uma greve geral no País, que deve mobilizar diversas categorias, "contra a reforma da Previdência, trabalhista e a Lei da Terceirização Irrestrita."  Várias categorias profissionais realizaram assembleias  e anunciaram adesão ao movimento.

Entre os organizadores da greve geral , estão a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Força Sindical, a Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo. As reformas da Previdência e trabalhista tramitam no Congresso Nacional, sendo defendidas pelo presidente Michel Temer e sua base governista.

Em São Paulo, nesta quinta-feira (27), a juíza Ana Luiza Villa Nova, da 16ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, deferiu liminar para determinar que as empresas de transporte coletivo da capital paulista se abstenham de promover paralisação – total ou parcial – dos serviços públicos de transporte metroviário e ferroviário, sob pena de multa de R$ 937 mil para cada entidade, de forma autônoma. O objetivo é evitar prejuízo à população em razão de eventual paralisação dos serviços.

De acordo com a magistrada, o apoio dos sindicatos ao movimento viola os direitos dos cidadãos de terem assegurada a prestação regular e contínua do serviço público de transporte. “Mesmo que assegurado o direito de greve em relação aos que prestam serviço essencial, medidas devem ser tomadas com o fim de evitar a descontinuidade do serviço e garantir à população o direito de acesso e uso ao serviço.”

Mesmo assim, os sindicatos continuam a divulgar por meios dos seus sites e nas redes sociais que irão aderir a paralisação nacional. Confira a seguir quem deve parar nesta sexta-feira (28):

Metrô

Os usuários do Metrô devem ficar atentos, uma vez que todas as linhas devem ficar paralisadas durante o dia todo, com exceção da Linha 4 – Amarela, já que é administrada pela ViaQuatro. Uma assembleia ainda deve acontecer nesta quinta-feira (27), às 18h30, véspera da paralisação.

CPTM

O Sindicato dos Ferroviários de São Paulo, em nota, afirmou que a categoria decidiu, em assembleia, aderir à paralisação do dia 28. Ainda segundo as informações do sindicato, as linhas 07 e 10 da CPTM não vão funcionar a partir da meia-noite do dia 28, por 24 horas.

Ônibus 

Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo também irá aderir à paralisação.  A categoria informou, por meio de sua página oficial do Facebook, que vai parar a partir da meia-noite do dia 28, por 24 horas. 

Estratégia da CET

 A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) de São Paulo tomou uma série de medidas para “garantir o direito de ir e vir de trabalhadores e moradores”. O Rodízio Municipal de Veículos será suspenso durante todo o dia para os carros. Restrições a caminhões continuam valendo normalmente.

Os corredores exclusivos de ônibus serão liberados para a circulação de táxis, com um ou mais passageiro, ônibus fretados, ônibus escolares e carros de passeio com mais de um passageiro, durante todo o dia. Já as faixas exclusivas de ônibus serão liberadas para carros durante todo o dia. O estacionamento em vagas de Zona Azul também será liberado.

Leia também: Maia diz que vai trabalhar "com paciência" para aprovar reforma da Previdência

Escolas públicas e privadas

O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) está apoiando a greve. Assim, os professores da rede pública estadual aprovaram integrar seu calendário de lutas à mobilização em assembleia realizada na Avenida Paulista, com a participação de 40 mil educadores.

Profissionais da rede privada, coordenados pela Fepesp (Federação estadual), também participarão da greve geral
Divulgação/Governo de São Paulo
Profissionais da rede privada, coordenados pela Fepesp (Federação estadual), também participarão da greve geral

No site do sindicato, a presidente da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha (Bebel) afirma  que a “jornada de lutas dos educadores prevê a continuidade da pressão sobre os deputados federais de São Paulo, para que votem contra as reformas”.

Além disso, professores estaduais realizam aulas públicas sobre o tema, atos em todas as regiões onde a Apeoesp tem base e articulando pronunciamentos nas Câmaras Municipais. “Nossa militância está engajada, buscando empreender esforços para que a greve do dia 28 de abril seja um sucesso. Essa paralisação é extremamente necessária, para dar um basta nestas reformas que, na verdade, promovem uma desregulamentação geral do mercado de trabalho e de nossos direitos”, afirma Bebel.

Os profissionais da rede privada, coordenados pela Fepesp (Federação estadual), também aprovaram participar da greve. Em nota, o Sindicato dos Professores de São Paulo (SinproSP) afirmou que mais de 200 professores aprovaram, por unanimidade, a entrada na greve do dia 28, a fim de engrossar o movimento nacional dos trabalhadores contra reforma previdenciária, a reforma trabalhista e a terceirização.

 “Nós fizemos panfleto sobre as reformas e a importância de aderir ao movimento, além de adesivos que estão sendo distribuídos aos trabalhadores. Também disponibilizamos ramal telefônico do Sindicato e e-mail específico, apenas para atender às demandas da greve. Temos ciência da dificuldade de parar o ensino particular, mas estamos entusiasmados e confiantes no engajamento da categoria”, destaca a primeira-secretária do SinproSP, Silvia Celeste Barbára.

Bancos

O sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região aprovou a adesão à greve. Em votação, oito em cada dez votaram pela paralisação nesta sexta.

Leia também: Saiba como cada deputado votou a respeito da reforma trabalhista

“Vamos parar o Brasil inteiro, essa vai ser nossa resposta [às reformas da Previdência e trabalhista do governo Temer]”, disse a presidente do Sindicato Juvandia Moreira em evento realizado pelo Sindicato, que passa por eleições. “Em assembleias realizadas nos locais de trabalho, 81% dos bancários votaram pela participação na greve. Então, vamos à luta. Em três dias é plenamente possível fazer toda coleta de votos, já sabemos disso pela experiência de outros anos. A Comissão Eleitoral convoca e a gente reitera. Viva a democracia, viva os bancários.”

Aeroportos

Aeroviários paulistas decidiram pela adesão à greve a partir das 5h desta sexta-feira (28). A paralisação envolve funcionários das empresas aéreas que atuam no check-in, como auxiliar de serviços gerais, mecânicos de pista, despachante de voo, entre outros cargos, do Aeroporto de Guarulhos.

As companhias Avianca, Gol e Latam informaram, em nota, que os voos poderão registrar atrasos e cancelamentos em rotas domésticas e internacionais. Os clientes poderão solicitar reembolso das passagens sem risco de multa. As empresas pedem ainda que os passageiros agilizem o procedimento de check-in pela internet, por aplicativos para smartphones ou nos totens de autoatendimento e acompanhem a situação de seus voos no site das companhias antes de ir para o aeroporto.

Já o sindicato que representa pilotos e comissários decidiu não fazer greve após avanços em negociações. Em assembleia realizada nesta quinta-feira (27) em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre e Campinas, pilotos e comissários de voo optaram por encerrar movimentações para qualquer tipo de paralisação.

Em nota, o sindicato disse que "graças à mobilização da categoria, que havia decretado Estado de Greve na última segunda-feira, o Sindicato Nacional dos Aeronautas e representantes dos tripulantes, após intensa negociação, conseguiram avanços junto aos parlamentares na reforma trabalhista – o que irá evitar uma precarização sem precedentes para a profissão e, principalmente, preservará o nível de segurança de voo para todos". Os dois principais pleitos de emendas dos aeronautas no projeto de lei da reforma trabalhista foram atendidos.

Correios

O Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares de São Paulo, Grande São Paulo e zona postal de Sorocaba (Sintect–SP) afirmou em seu site que também  aderiram à greve por tempo indeterminado.

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!