O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral e sua esposa Adriana Ancelmo foram presos no final do ano passado
Tânia Rêgo/Agência Brasil
O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral e sua esposa Adriana Ancelmo foram presos no final do ano passado

A 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro autorizou, neste domingo (19), que o dinheiro recuperado pela Operação Lava Jato do Rio seja utilizado no pagamento de 140 mil servidores públicos inativos do estado. Assim, os R$ 250 milhões recuperados até agora permitirão que os aposentados recebam até R$ 3,2 mil.

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A negociação para o pagamento dos aposentados com o dinheiro recuperado na operação foi realizada com o governo fluminense, segundo explicou o procurador da República, Jessé Ambrósio dos Santos Júnior, que integra a força-tarefa da Lava Jato no Rio . O anúncio sobre quando o dinheiro estará disponível deve ser feito ainda nesta semana, também de acordo com o procurador.

“A gente falou que devolveria o dinheiro do estado, desde que ele fosse atrelado ao pagamento de servidores”, disse Jessé Ambrósio dos Santos Júnior.

Recurso contra Adriana Ancelmo

O ex-governador fluminense Sérgio Cabral e sua esposa Adriana Ancelmo foram presos no final do ano passado, na chamada Operação Calicute, junto com assessores e outros acusados no esquema. Os dois são acusados de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, e estão presos no Complexo Penitenciário de Bangu.

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Na última sexta-feira (18), a Justiça concedeu à Adriana Ancelmo o direito de cumprir a prisão preventiva em casa, devido ao fato de que os dois têm dois filhos menores de idade, necessitando de algum responsável.

Ainda segundo o procurador da República Jessé, o Ministério Público Federal já impetrou um mandado de segurança na Justiça Federal contra a decisão de conceder a prisão domiciliar à esposa do ex-governador.

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Conforme as investigações da Polícia Federal, o ex-governador do Rio teria chefiado um esquema responsável por desvios de R$ 224 milhões dos cofres do Estado em contratos de grandes obras, entre elas a modernização do Estádio do Maracanã. As fraudes teriam ocorrido entre 2007 e 2014, nos dois mandados do peemedebista. De acordo com o magistrado que decretou a prisão da esposa de Cabral, “Adriana Ancelmo estaria usando sua condição de advogada e a estrutura de seu escritório de advocacia para propiciar o recebimento de valores espúrios pela Organização Criminosa descrita pelos investigadores”.

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