Errata: A foto que originalmente ilustrava essa matéria foi retirada do ar. A imagem não representava o fato relatado na mesma.  A fotografia utilizada indevidamente na reportagem é de reportagem da revista Fórum, edição de setembro de 2013.

A Polícia Militar (PM) de São Paulo usou bombas de gás no início da tarde desta quinta-feira (23), contra usuários de drogas na região da Cracolândia, na Luz, centro da capital paulista. A ação provocou correria e algumas pessoas regiram lançando pedras contra os policiais e fazendo barricadas com fogo.

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De acordo com a PM, a ação foi um pedido do Corpo de Bombeiros, que solicitou apoio após uma confusão com usuários de drogas na região.

Outras ações

PM deu versões diferentes sobre os motivos da ação na Cracolândia em janeiro deste ano
Reprodução/Facebook
PM deu versões diferentes sobre os motivos da ação na Cracolândia em janeiro deste ano

Na noite do dia 7 de janeiro, a Polícia Militar fez uma ação semelhante na área, conhecida pela concentração de usuários. Diversas pessoas ficaram feridas pelas balas de borracha e estilhaços de bombas jogadas na ocasião. Um policial precisou de atendimento médico após ser atingido no rosto por um coquetel molotov. Na ocasião, a operação acabou com oito presos.

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A PM deu versões diferentes sobre os motivos da ação. Primeiro, divulgou nota atribuindo a confusão ao ataque a uma base comunitária na Praça Princesa Isabel, fora da área onde foi realizada a operação. No dia seguinte, a corporação disse que interveio em uma briga entre frequentadores da região e pessoas que participavam de um culto religioso.

As duas versões foram contestadas pelos ativistas do coletivo A Craco Resiste, que atua contra violência policial na região.

Plano Redenção

Em março, a prefeitura de São Paulo deve anunciar um novo plano para a Cracolândia, chamado Redenção. A iniciativa deverá substituir o programa de redução de danos De Braços Abertos, que integra os usuários a frentes de trabalho e oferece alojamento em hotéis.

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O prefeito da capital paulista, João Doria (PSDB), no entanto, afirmou em diversas entrevistas que o plano Redenção e a retirada dos usuários de drogas das ruas da Cracolândia deve ocorrer de maneira "humanitária" e sem truculência. Para o tucano, a presença de dependentes químicos nas ruas do centro de Saõ Paulo é "uma imagem ruim para as pessoas, para a cidade e para o Brasil".

* Com informações da Agência Brasil.

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