A instituição no Paraná disse que investiga as suspeitas de irregularidades no pagamento de bolsas e auxílios desde dezembro
Rodrigo Juste Duarte/Divulgação UFPR
A instituição no Paraná disse que investiga as suspeitas de irregularidades no pagamento de bolsas e auxílios desde dezembro

A Polícia Federal (PF), em ação conjunta com a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas da União (TCU), deflagrou nesta quarta-feira (15) a Operação Research, no intuito de combater desvio de recursos públicos destinados à Universidade Federal do Paraná (UFPR). Pela manhã, pelo menos 27 pessoas foram presas.

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De acordo com o comunicado, cerca de 180 policiais federais, seis servidores da CGU e quatro do TCU cumprem 73 ordens judiciais, sendo 29 mandados de prisão temporária, oito conduções coercitivas e 36 mandados de busca e apreensão nos estados do Paraná , Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro.

“O objetivo é apurar o repasse irregular de recursos mediante pagamentos sistemáticos, fraudulentos e milionários de bolsas a inúmeras pessoas sem vínculos com a instituição no período entre 2013 e 2016”, informou a corporação por meio de nota.

Ainda segundo a PF, há indícios concretos de fraudes em pagamentos realizados no período de 2013 a 2016 a título de auxílio a pesquisadores e bolsas de estudo no País e no exterior a diversas pessoas desprovidas de vínculo regular de professor, servidor ou aluno da universidade.

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“Dentre os fatos até então apurados, se detectou a participação de ao menos dois funcionários públicos federais nas fraudes, resultando na prisão cautelar de ambos”, destacou a corporação.

O nome da operação é uma referencia ao objetivo central das bolsas concedidas pela unidade, destinadas a estudos e pesquisas pelos contemplados. Em inglês, "research" significa pesquisa. 

O que diz a UFPR?

Em nota divulgada nesta quarta, a UFPR afirma que as suspeitas de irregularidades no pagamento de bolsas e auxílios são objeto de investigações internas na instituição desde dezembro de 2016, "quando a própria universidade também tomou a iniciativa de encaminhar o caso à Polícia Federal, para investigação criminal".

Logo que tomou conhecimento da suspeita de desvios de verba pública, a administração da reitoria do ano passado, segundo a nota, determinou a abertura de sindicância para investigar os envolvidos. Tal sindicância corre em sigilo, mas tem o prazo de conclusão de 60 dias, prorrogáveis por mais 60. A previsão de término dos trabalhos, portanto, é para meados de abril de 2017.

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Por determinação do atual reitor da Universidade Federal do Paraná, Ricardo Marcelo Fonseca, as duas servidoras suspeitas de envolvimento no caso foram suspensas do exercício de suas atividades funcionais.

* Com informações da Agência Brasil.

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