Mulheres de policiais fazem protestos pelo segundo dia no Rio de Janeiro

Alguns batalhões tiveram o acesso bloqueado na região metropolitana; PM nega que o patrulhamento tenha sofrido qualquer tipo de interrupção

Mulheres de policiais militares impedem saída de viaturas em batalhões; PM nega interrupção do patrulhamento
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil - 10.2.2017
Mulheres de policiais militares impedem saída de viaturas em batalhões; PM nega interrupção do patrulhamento

Mulheres de policiais militares seguem mobilizadas pelo segundo dia no Rio de Janeiro. Na região metropolitana do Estado, alguns batalhões têm piquetes nas portas, impedindo entrada e saída de viaturas. Em alguns bairros da cidade, poucas guarnições da corporação são vistas circulando pelas ruas.

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Apesar das manifestações na frente dos quartéis, a Polícia Militar do Rio de Janeiro enviou nota à imprensa na manhã deste sábado (11) e negou que haja paralisação. A corporação assegura que o patrulhamento está sendo feito normalmente no Estado.

“Não existe paralisação da Polícia Militar e sim uma mobilização de familiares, iniciada pelas redes sociais. A corporação está atenta às manifestações e conscientizando a tropa da importância da presença policial nas ruas. O patrulhamento está sendo realizado normalmente. As rendições, quando necessárias, são realizadas do lado externo e locais que apresentaram maiores problemas estão com apoio de outras unidades”, diz a nota da PM.

A corporação informa que alguns grupos de familiares de policiais estão concentrados na frente de 29 unidades. O protesto , iniciado na sexta-feira (10) tem como objetivo reivindicar o pagamento do 13º salário; do RAS (Regime Adicional de Serviço), como são chamadas as horas-extras dos policiais, feitas durante os Jogos Olímpicos; e de vencimentos atrasados referentes a metas atingidas.

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Na Baixada Fluminense , o bloqueio no 39º Batalhão, de Belford Roxo, continuava na manhã deste sábado. “Aqui não entra e nem saem viaturas. Esvaziamos os pneus de duas delas. Vamos manter o movimento com força total. O movimento não vai acabar se o dinheiro não cair na conta”, disse Alberta Peres, esposa de um policial.

Em Jacarepaguá, o 18º Batalhão, responsável pela área, também tinha bloqueio total na manhã de hoje, como informa Ana Souza, que também é mulher de um dos agentes. “Ninguém entra, ninguém sai. Vamos continuar o movimento, pois os nossos maridos estão em risco e sem receber”, disse ela, enquanto acompanhava uma reunião com o comando da unidade, que pedia para que elas liberassem a entrada.

Compromisso do governo

O secretário estadual de segurança, Roberto Sá , disse na noite de sexta-feira (10) que o governo deverá pagar o salário atrasado na próxima terça-feira (14) e que poderá pagar o 13º salário atrasado se os projetos encaminhados pelo governo à Assembleia Legislativa forem aprovados, entre eles a venda da Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgoto), o que permitirá a liberação de R$ 3,5 bilhões do governo federal.

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Ainda na nota divulgada neste sábado, a PM do Rio de Janeiro garantiu que respeita o direito à manifestação pacífica e pediu que as manifestantes não impeçam o direito de ir e vir dos policiais: “A Polícia Militar reitera que respeita o direito democrático de manifestação pacífica, mas é fundamental que as formas de buscar os nossos direitos não impeçam o de ir e vir dos nossos policiais, nem coloquem em risco as nossas vidas, dos nossos familiares e de toda a população”.


* Com informações da Agência Brasil