Segundo o governo do Rio Grande do Norte, presos são de uma facção criminosa que age nos presídios
Divulgação/Governo do Rio Grande do Norte
Segundo o governo do Rio Grande do Norte, presos são de uma facção criminosa que age nos presídios

O governo do Rio Grande do Norte anunciou nesta segunda-feira (16) que cinco presos apontados como líderes da rebelião na Penitenciária Estadual de Alcaçuz foram transferidos depois que as forças de segurança conseguiram entrar no presídio. A Secretaria de Segurança Pública e Cidadania (Sejuc) informa que os detentos pertencem a uma facção tida como a responsável pelo motim no fim de semana que terminou com 26 mortes.

+ Temer usa Twitter para pedir a Moraes que intervenha no Rio Grande do Norte

Segundo o governo do Rio Grande do Norte , os presos foram levados para a Divisão de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), em Natal, para prestar depoimento. De lá, serão transferidos para outra unidade prisional, que ainda não foi informada. A secretaria diz que não pode divulgar o destino do grupo, pois isso iria contrariar protocolos de segurança.

No início da noite de hoje, integrantes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar, ainda se encontravam no interior da unidade prisional. Os policiais entraram no presídio acompanhados de agentes penitenciários, com o objetivo de retomar o controle da cadeia.

+ A prisão "queijo suíço" de onde presos escapam cavando buracos na areia

A transferência dos presidiários foi realizada depois de negociação com a polícia. Momentos antes, as forças de segurança fizeram buscas nos pavilhões 4 e 5 e identificaram os cinco como suspeitos de terem liderado o motim. De acordo com a assessoria da Sejuc, a situação do presídio no início da noite era “tranquila”. Os presos receberam água e alimentação. O Bope vai permanecer no local para a manutenção da segurança.

Número de mortes

Durante a tarde, a secretaria admitiu a possibilidade de que o número de mortos poderia ser maior do que o de 26 que havia sido divulgado anteriormente. Os corpos poderiam estar nas fossas existentes no interior da unidade. Uma equipe da Companhia de Águas e Esgotos do estado (Caern) chegou a se posicionar nas imediações da penitenciária aguardando a ação da polícia para realizar a inspeção. Entretanto, segundo a pasta, o trabalho foi adiado para amanhã (17).

A unidade de Alcaçuz foi cenário de uma rebelião que durou cerca de 14 horas, entre sábado (14) e domingo (15). Inicialmente, as autoridades estaduais falavam em pelo menos dez mortos. Na noite de ontem, no entanto, os secretários estaduais da Justiça e da Cidadania, Walber Virgolino da Silva Ferreira, e da Segurança Pública e Defesa Social, Caio César Marques Bezerra, anunciaram que 26 corpos foram localizados e transferidos para o Instituto Técnico-Científico de Polícia (ITEP), onde serão identificados.

+ Após massacre em Alcaçuz, mais um presídio no Rio Grande do Norte tem rebelião

Na tarde desta segunda-feira, o governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria, disse, por meio de sua conta no Twitter, que vai pedir ao governo federal o aumento no contingente da Força Nacional de Segurança Pública no Estado. O governador irá viajar para Brasília amanhã para se reunir com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes , e solicitar o reforço, destinado ao enfrentamento da crise instalada no sistema penitenciário.


* Com informações da Agência Brasil

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!