Apesar de os cursos terem início só no fim do mês, jovens devem ter carteira de trabalho assinada nesta segunda-feira (16)
Rafael Neddermeyer / Fotos Públicas
Apesar de os cursos terem início só no fim do mês, jovens devem ter carteira de trabalho assinada nesta segunda-feira (16)

Aproximadamente 330 jovens que cumprem medidas socioeducativas no Rio de Janeiro foram selecionados para programa de reabilitação do Ministério do Trabalho e devem ter a carteira de trabalho assinada nesta segunda-feira (16). Com idade entre 15 e 17 anos, os jovens participarão do Programa Aprendiz na Medida.

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Atualmente, os adolescentes cumprem suas medidas em unidade de internação do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase) na zona norte do Rio, na Ilha do Governador. Entre os escolhidos para a reabilitação estão meninos e meninas em medidas de regime fechado, semiaberto ou aberto.

De acordo com o diretor do Departamento de Políticas Públicas para a Juventude dentro do Ministério do Trabalho, Higino Brito Vieira, o programa tem como objetivo qualificar os jovens e trabalhar a reintrodução dos mesmos à sociedade de forma que se sintam prestigiados.

“Além de todo esse contexto de aprendizagem e qualificação que eles receberão, o mais importante é que eles se sintam reconduzidos à sociedade de maneira correta, sem cometer deslizes. É importante que eles vejam que isso é possível. Estamos passando por um momento tão delicado no cenário prisional de nosso país que medidas como essas são muito importantes para que eles tenham a autoestima elevada e acreditem que podem sim ser inseridos no mercado de trabalho”, disse Vieira.

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As aulas serão ministradas para os jovens participantes do programa dentro do próprio Degase e a intenção é que recebam base teórica suficiente para colocar os aprendizados em prática. Dessa forma, uma vez que reconquistarem sua liberdade, os jovens já terão uma profissão para seguir.

Com início em 30 de janeiro, o período de aulas terá duração de 12 meses como a possibilidade de escolher entre quatro profissões: pizzaiolo, manicure, promotor de vendas e barbeiro. Além das aulas específicas, todos aprenderão o ofício de assistente administrativo e Microempreendedor Individual (MEI), para que aprendam a administra um negócio.

“Estamos observando tudo que está sendo feito para replicar posteriormente em todo o País. Felizmente, nós contamos com a ajuda de parceiros da iniciativa privada, o que facilita muito este trabalho. Acreditamos que o programa será um sucesso e logo estará presente em vários locais”, afirmou o diretor.

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Com cursos ministrados por professores do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), a carga horária dos jovens será de quatro horas diárias divididas entre a teoria e a prática. Em sua reabilitação, serão remunerados proporcionalmente ao salário mínimo e o pagamento será feito por empregadores que não estavam cumprindo a Lei da Aprendizagem.


*Com informações de Agência Brasil

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