Pai de atirador e funcionária da escola prestam depoimento à polícia em Goiânia

Depoimentos de testemunhas de disparos no colégio serão retomados na segunda-feira; familiares e professores também deverão ser ouvidos

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Após efetuar os disparos, o estudante encontrou a coordenadora da escola que começou a acalmá-lo. Ele chegou a apontar a arma contra a própria cabeça, mas a funcionária da escola conseguiu convencê-lo a esperar a polícia com ela na biblioteca. O adolescente de 14 anos foi apreendido em flagrante e segue sob custódia do Estado, em Goiânia .

Colégio Goyases, em Goiânia, foi palco de ataque a tiros nesta sexta-feira (20)
Foto: Reprodução/Twitter
Colégio Goyases, em Goiânia, foi palco de ataque a tiros nesta sexta-feira (20)

Em seu depoimento, o autor dos disparos, disse que foi motivado por bullying e que  se inspirou nos casos da escola de Columbine (ocorrido em 1999, nos Estados Unidos), e de Realengo (em 2011, no Rio de Janeiro). Há cerca de três meses, ele teria começado a pesquisar informações sobre esses ataques na internet. Ele afirmou, ainda, que começou a planejar a ação há três dias e que teria chegado a desistir.

Os dois policiais que foram os primeiros a chegar no local também foram ouvidos. Os depoimentos serão retomados na segunda-feira (23) pelo delegado Luiz Gonzaga Junior, da Delegacia de Apuração de Atos Infracionais da Polícia Civil de Goiás. Familiares e professores da escola também deverão ser ouvidos.

As vítimas

Os dois estudantes que morreram no local do ataque tinham 14 anos de idade. Segundo o autor dos disparos, um deles praticava bullying contra ele. Os quatros feridos seguem internados. Uma adolescente está em estado gravíssimo . Ela foi atingida por três disparos: um na mão, um no pescoço e outro no tórax. Ela passou por cirurgia para drenagem do tórax.

A segunda estudante ferida teve um pulmão perfurado e também foi submetida a procedimento cirúrgico, mas está em situação estável e respira em ajuda de aparelhos. A terceira vítima, do sexo masculino, também tem situação estável e segue em avaliação. Os tries estão internados no Hospital de Urgências de Goiânia. A quarta vítima, também um menino, não teve o boletim médico divulgado.

Na noite de sexta-feira, vizinhos, ex-alunos e parentes das vítimas do tiroteio em Goiânia iniciaram uma vígilia em frente ao colégio. Cerca de 80 pessoas acenderam velas e depositaram flores no local. O colégio existe há cerca de 25 anos com turmas do maternal até o nono ano do ensino fundamental.

* Com informações da Agência Brasil.